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Igualdade no trabalho

  • Foto do escritor: supremaassessoria
    supremaassessoria
  • 12 de jan. de 2018
  • 4 min de leitura

Qualidade das oportunidades oferecidas é a principal reclamação das pessoas com deficiência que buscam emprego.


Acessibilidade, ambiente de trabalho sensibilizado e um projeto de inclusão muito bem estruturado são fundamentais para qualquer empresa. No atual cenário corporativo, oferecer recursos acessíveis, combater todos os tipos de preconceito, compreender a importância da diversidade e dialogar com os colaboradores têm influência direta no desempenho da companhia.


No que diz respeito à contratação de pessoas com deficiência, mesmo com o amplo acesso a informações sobre o assunto e a presença cada vez maior de consultores especializados, empresas ainda insistem nos mesmos erros e priorizam o cumprimento da Lei nº 8.213/1991, chamada de lei de cotas, sem considerar o que realmente buscam os profissionais com deficiência no momento de escolher um emprego.


Estudo conduzido pela i.Social comprovou que essa divergência resulta na baixa qualidade das vagas oferecidas às pessoas com deficiência, na rotatividade de funcionários, no desequilíbrio no ambiente de trabalho e, por consequência, na perda constante de dinheiro. “Há falta de diálogo e de informação dentro das empresas, que contratam apenas para cumprir cota e não se preocupam com o pós-contratação. Essas empresas não conversam com seus colaboradores e não sabem que eles querem”, afirma Jaques Haber, sócio fundador da i.Social.


Os pesquisadores fizeram 2.448 entrevistas, em setembro de 2017, com representantes dos três públicos considerados fundamentais para o processo de inclusão (1.091 pessoas com deficiência, 1.240 de profissionais de RH e 117 de líderes de empresas). O que as pessoas com deficiência buscam no mercado de trabalho?


“Perguntamos sobre os itens mais importantes para atrair profissionais com deficiência ao emprego”, explica Haber. “As pessoas com deficiência destacaram salário, plano de carreira e pacote de benefícios, ou seja, uma boa oportunidade, o mesmo que qualquer profissional pretende, com ou sem deficiência. São esses os diferenciais que todos buscam”, diz.


"Quando fizemos a mesma pergunta aos profissionais de recursos humanos e às altas lideranças das companhias, a percepção foi totalmente diferente, com prioridade para acessibilidade, ambiente de trabalho sensibilizado a colaboradores com deficiência e um programa estruturado de inclusão”, ressalta o especialista.




“Salário, plano de carreira e benefícios não foram citados”, comenta. Segundo Haber, a principal reclamação das pessoas com deficiência que buscam emprego é sobre a qualidade das oportunidades oferecidas, o que confirma o cenário encontrado pela pesquisa. Andrea Schwarz e Jaques Haber comandam a i.Social.


Um dado que merece destaque no estudo é o nível de escolaridade dos entrevistados. “O conceito de que pessoas com deficiência são desqualificadas foi derrubado. Entre aquelas que responderam, 57% estão em alguma etapa do terceiro grau, com ensino superior completo ou até mestrado em conclusão”, ressalta o consultor.


QUALIFICAÇÃO – As reclamações das empresas sobre a qualificação das pessoas com deficiência que surgem como interessadas nas vagas oferecidas, diz Jaques Haber, têm base na própria estratégia da companhia para a contratação desses profissionais, com interesse apenas no preenchimento da cota, e a oferta de posições com baixos salários ou muito inferiores aos objetivos do profissional. “É a avaliação pelo custo, para cumprir a lei, mas gastando pouco, ou o mínimo possível, o que tem reflexo nas vagas oferecidas, mais baratas para a empresa, que pagam menos e têm pouca atratividade.


Sendo assim, o RH mantém contato com candidatos menos qualificados, porque são eles que aceitam essas vagas, mas se relaciona pouco com pessoas com deficiência que poderiam ocupar posições mais fortes na companhia”, diz Haber. Conceito de que pessoas com deficiência são desqualificadas foi derrubado.


COTAS – Quase 90% dos profissionais de RH ouvidos pela i.Social confirmaram que contratam pessoas com deficiência para cumprir a lei de cotas. “Isso destaca o papel fundamental dessa lei, que tem sido questionada no processo de inclusão, e mostra como essa legislação ainda é muito necessária, mas também serve de alerta porque a atenção centralizada na deficiência, sem avaliar as qualificações do candidato, resulta na baixa qualidade das vagas oferecidas”.


Por que empresas contratam pessoas com deficiência?


PRECONCEITO – É fato que pessoas com deficiência enfrentam discriminação no ambiente de trabalho, mas quando isso é questionado abertamente, a tendência é negar sua existência. A pesquisa i.Social obteve informações que constatam situações de preconceito por parte de clientes das empresas entrevistas, também por uma quantidade preocupante de gestores (25%), por líderes e por colegas de trabalho.


Pesquisa constata quantidade preocupante de gestores (25%) que têm preconceito contra pessoas com deficiência.


BARREIRAS – A percepção sobre os principais impedimentos para a inclusão de pessoas no mercado de trabalho também mostrou divergências no estudo. “Pessoas com deficiência destacam poucas oportunidades, preocupação exclusiva com as cotas e vagas ruins. Para os profissionais de RH, a falta de acessibilidade e a falta de preparo dos gestores, mas os especialistas de recursos humanos também citaram o foco nas cotas, principalmente por imposição da empresa ou dos gestores, que são os ‘donos’ da vaga, como uma barreira”, comenta Jaques Haber.


O QUE FAZER? – A pesquisa mostra que a existência de uma lei punitiva, com multa para quem não cumprir suas determinações, não soluciona a questão por completo, porque alimenta a percepção de que pessoas com deficiência são caras e desqualificadas. “Acredito que vale pensar em uma legislação que estimule essa contratação pelos motivos certos, oferecendo algum benefício, talvez isenção fiscal”, conclui o consultor.


Fonte: Estadão

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